As entidades do sistema de previdência complementar fechado continuam a enfrentar os impactos da crise econômica e têm vivido um cenário difícil no que diz respeito a atingir as metas atuariais em seus investimentos. Em outubro, a tendência de queda sentida nos últimos meses se manteve e, com isso, as rentabilidades dos Planos BD e II foram negativas (-2,33% e -1,18%, respectivamente) — em consonância com o retorno médio das EFPC que, de acordo com levantamento realizado pela Consultoria de Investimentos Aditus, também foi negativo no mês, ficando em -0,27% (clique aqui para saber mais).
Assim, o Plano BD acumula no ano um retorno de 3,92%, inferior aos 13,87% da sua meta atuarial. Já o Plano II tem, de janeiro a outubro, uma rentabilidade acumulada de 0,35%, igualmente abaixo da sua meta atuarial de 12,57% no ano.
É interessante citar que, apesar do cenário desfavorável, alguns segmentos de aplicação tiveram retornos positivos no mês: em ambos os planos, Investimento no Exterior e Operações com Participantes; no Plano BD, o segmento Imobiliário; no Plano II, a Renda Fixa e o Estruturado – Multimercado. O que puxou os resultados consolidados para baixo foram os fundos de Renda Variável, que sofrem mais com a volatilidade do mercado financeiro (por conta da crise) e os de Renda Fixa atrelada a Títulos Públicos, além da inflação em constante alta.
Por falar em inflação — como já foi informado na edição de outubro do boletim eletrônico “Por Dentro da Rentabilidade” —, até junho, o INPC acumulado era de 3,95%; agora, o índice já está em 8,45%. Um número alto que, somado à taxa de juros dos planos, faz com que as metas atuariais sejam superiores a 12,5%, sendo praticamente impossíveis de serem batidas na conjuntura atual. Para entender ainda mais, clique aqui e consulte o artigo sobre a relação da inflação e da meta atuarial que publicamos na semana passada aqui no site.