Para marcar o Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) convocou entidades e operadoras de planos de saúde a se unirem na “Semana da Saúde ANS”, uma ação conjunta entre os dias 2 e 8 de abril. O objetivo é fazer um grande movimento nas redes sociais, visando levar aos beneficiários informações de qualidade sobre a importância da promoção da saúde e da prevenção e combate das doenças.
O combate ao sedentarismo é a estratégia número um na luta para diminuir a incidência das doenças crônicas não transmissíveis, por exemplo as doenças cardiovasculares e a diabetes, acidentes vasculares cerebrais, diabetes e câncer de mama e de colo do útero. Essas enfermidades são responsáveis por 71% de todas as mortes no mundo, incluindo as mortes de 15 milhões de pessoas por ano com idade entre 30 e 70 anos.
Com o objetivo primordial de incentivar as pessoas a serem mais ativas para um mundo mais saudável, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um plano de ação mundial sobre atividade física e saúde para o período 2018 a 2030.
O plano de ação mostra como os países podem reduzir a inatividade física em adultos e adolescentes em 15% até 2030 e recomenda um conjunto de 20 áreas políticas, que combinadas, têm o objetivo de criar sociedades mais ativas por meio da melhoria os ambientes e oportunidades para pessoas de todas as idades e habilidades para praticarem mais caminhadas, ciclismo, esportes, recreação ativa, dança e jogos. O documento também pede apoio ao treinamento de profissionais de saúde e outros profissionais, sistemas de dados mais sólidos, bem como o uso de tecnologias digitais.
Níveis regulares e adequados de atividade física:
– melhoram o condicionamento muscular e cardiorrespiratório;
– aumentam a saúde óssea e funcional;
– reduzem o risco de hipertensão, doença cardíaca coronária, AVC, diabetes, câncer de cólon e de mama e depressão;
– reduzem o risco de quedas, bem como de fraturas de quadril ou vertebrais; e
– são fundamentais para o balanço energético e controle de peso.
Outros benefícios relacionados a atividade física são: melhorar a autoestima e promover a sensação de bem-estar; diminuir a depressão; diminuir o estresse e o cansaço; aumentar a disposição; melhorar a força e resistência muscular; melhorar a aparência da pele.
É importante que antes de começar ou voltar a praticar exercícios sejam realizados exames para verificar o estado geral de saúde para que seja indicado o melhor tipo de atividade física e/ou exercício, bem como a intensidade indicada, por exemplo. Além disso, o ideal é que você seja acompanhado por um profissional de educação física capacitado.
A pandemia do novo coronavírus nos impôs uma nova rotina com o isolamento social. A OMS recomenda 150 minutos semanais de exercícios físicos leve ou moderado (cerca de 20 minutos diários) ou, pelo menos, 75 minutos de exercícios de maior intensidade por semana (cerca de 10 minutos diários).
Nesses tempos de isolamento social o mais importante é se movimentar, mesmo sem sair de casa. Algumas dicas:
– iniciar com um exercício que seja de fácil execução e fazer o básico com baixa intensidade;
– sempre fazer alongamentos para reduzir a probabilidade de desenvolver lesões musculares;
– cuidar da hidratação, do aquecimento e do término do exercício (nunca terminá-lo abruptamente);
– lembrar-se de que o importante da atividade física é a regularidade e não a intensidade.
Algumas possibilidades:
– pular corda, dançar, subir e descer escadas ou simular degraus com caixotes, montar circuitos dentro de casa utilizando elementos domésticos (vassouras, tapete, bancos, etc).
– fazer séries de exercícios que utilizam o peso corporal, como: sequência de agachamentos, flexões de braço, corrida e ou caminhada estacionária e abdominal.
Além de Dia Mundial da Atividade Física, 6 de abril é também o Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade de Vida, temas estreitamente relacionados à prática de atividade física.
Promoção da saúde é processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo.
Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global.
A promoção da saúde tem como meta a qualidade de vida e seus princípios norteadores são a eqüidade, a paz e a justiça social. De acordo com Carta de Ottawa, a promoção da saúde contempla 5 amplos campos de ação:
– implementação de políticas públicas saudáveis;
– criação de ambientes saudáveis;
– capacitação da comunidade;
– desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas;
– reorientação dos serviços de saúde.
O Sistema Único de Saúde (SUS), como política do estado brasileiro pela melhoria da qualidade de vida e pela afirmação do direito à vida e à saúde, dialoga com as reflexões e os movimentos no âmbito da promoção da saúde.
No SUS, a estratégia de promoção da saúde é retomada como uma possibilidade de enfocar os aspectos que determinam o processo saúde-adoecimento em nosso País – como, por exemplo: violência, desemprego, subemprego, falta de saneamento básico, habitação inadequada e/ou ausente, dificuldade de acesso à educação, fome, urbanização desordenada, qualidade do ar e da água ameaçada e deteriorada; e potencializam formas mais amplas de intervir em saúde.
A Política Nacional de Promoção da Saúde tem como objetivo geral promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidades e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais.
Fontes:
Segs
Instituto Federal de Minas Gerais
Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde
Organização Panamericana da Saúde
Universidade Federal de Pernambuco