Dinheiro e qualidade de vida, uma relação que eu gosto muito de abordar. Trata-se de um assunto subjetivo e que levanta mais perguntas do que respostas, e isso é bom. Afinal, todos nós precisamos calibrar nosso senso autocrítico constantemente.
Então vamos à pergunta inicial: o que é qualidade de vida? Viver uma boa vida, com paz, saúde, bons relacionamentos, boa infraestrutura (casa, carro, educação, trabalho)…
Sim, qualidade de vida é ter tudo isso e muito mais! Só que faltou um componente muito importante na lista genérica do parágrafo anterior; um dos bens mais relevantes e escassos na vida moderna: o tempo.
Então podemos dizer que, em termos gerais, ter qualidade de vida é ter tudo o que citei, somado a todas as outras coisas que você pensou, e ainda ter tempo para usufruir tudo isso. Ufa, pensando melhor parece complicado, não é mesmo?
Difícil, né? Para maioria das pessoas, sim. É exatamente aqui que a reflexão fica mais interessante.
Os extremos da situação
Muitas coisas boas na vida não custam dinheiro, ou custam pouco. Ainda bem! No entanto, tanto os itens básicos da famosa pirâmide de Maslow, como outros não tão básicos (mas que facilitam a vida e geram conforto), só podem ser adquiridos se tivemos dinheiro para comprá-los.
E para termos dinheiro, salvo raríssimas exceções e sempre considerando a ética, precisamos trabalhar (bastante). Para trabalhar, precisamos dedicar tempo, energia e esforços diversos (inclusive com alguns sacrifícios).
Não raro, encontramos pessoas que conseguem rechear suas vidas de muitos recursos materiais. Legal, bacana e para mantê-los é necessário muito trabalho e dedicação, o que por sua vez toma muito tempo.
Em outra direção, vemos pessoas com poucos recursos materiais, o que as limita quando o assunto é experimentar mais conforto e facilidades. Só que elas trabalham menos, estudam pouco e sobra tempo para usufruírem aquilo que possuem.
Buscando o equilíbrio
Não cabe a mim dizer o que é bom para você. Não há ninguém melhor do que você para definir isso. Aliás, aqui temos uma reflexão importantíssima a fazer: muitas pessoas estão traindo a si próprias, buscando um estilo de vida baseado na vida alheia ou nas expectativas dos demais.
Alguns indivíduos, por exemplo, gostam de uma vida simples, menos sofisticada e mais barata, só que ao verem o sucesso financeiro e material de outras pessoas, passam a desejar isso também.
Como não tem o perfil para “pagar o preço”, elas ficam estressadas e amargam suas vidas de várias formas. Esse preço normalmente envolve muitas horas diárias de trabalho e aprendizado para desenvolverem novas formas de renda. E esse estilo de vida mais intenso definitivamente não é para todos.
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Fonte: Conrado Navarro, Dinheirama.