No gerenciamento de dívidas pessoais, uma questão bastante relevante é como fazer para sair delas. Observe este fluxograma. Ele apresenta alguns passos básicos, porém muito importantes:
Reconhecer que está endividado >>> Avaliação da dívida >>> Faça o seu orçamento >>>
Ajuste o orçamento >>> Pague as dívidas >>> Cuidados para não repetir o erro.
Agora vamos explorar brevemente cada um deles.
Passo 1: Reconhecer o endividamento
Este é um passo fundamental, sem o qual os demais, decorrentes deste, não terão como ser realizados. Além disso, reconhecer o quanto antes esta situação é importante para diminuir a dívida e parar um processo que tende a se agravar com o passar do tempo.
Para algumas pessoas, é possível que este processo de reconhecimento da dívida seja uma tarefa difícil, o que vai requerer um grande esforço. O reconhecimento da situação de dívida deve ser compartilhado com a família.
A participação da família é fundamental, sobretudo em circunstâncias que vão requerer a participação e o esforço de todos, uma vez que toda a família deverá se adequar à nova realidade.
Desta forma, não basta que apenas o casal compreenda a situação. A compreensão por parte de todos diminuirá conflitos e facilitará o dia a dia deste momento nada agradável.
Passo 2: Avaliação da dívida
Posteriormente, faça um levantamento detalhado do tamanho da dívida. Elencar o que é devido para cada credor envolve fazer um balanço do endividamento, a fim de se verificar a gravidade da situação.
Além do montante devido, igualmente relevante é definir o perfil desta dívida, indicando o prazo de amortização, o valor das parcelas, a taxa de juros, os eventuais bens colocados em garantia e demais informações pertinentes a cada fonte onerosa de capital.
Conhecer detalhadamente o seu endividamento é necessário para o pleno entendimento da situação.
Passo 3: Faça o seu orçamento familiar
Com este orçamento, você identifica como são realizados os seus gastos e em que contas ocorrem as maiores despesas e desperdícios.
Em relação às contas, é importante que elas sejam classificadas para fins de análise e de decisões de remanejamento ou corte orçamentário. Uma sugestão de classificação das despesas é classificá-las por meio de duas dimensões.
- A primeira é o grau de essencialidade, sendo obrigatório ou não obrigatório.
- A segunda dimensão é se o perfil do desembolso é fixo, sem alterações periódicas, ou variável, alterando-se conforme o consumo a cada período.
Portanto, elas podem ser assim divididas:
- Obrigatórias fixas;
- Obrigatórias variáveis;
- Não obrigatórias fixas; e
- Não obrigatórias variáveis.
Passo 4: Ajuste o orçamento
A classificação anterior permite à família tomar melhores decisões de cortes orçamentários. Os desembolsos obrigatórios são de difícil corte, enquanto que os cortes dos não obrigatórios tendem a ser mais fáceis.
O ajuste no orçamento pode iniciar pelo corte de despesas não obrigatórias, passando, em seguida, ao corte das despesas obrigatórias variáveis.
Passo 5: Pague as dívidas
Com o orçamento ajustado, veja quanto ficou disponível para pagar as dívidas. Tendo o orçamento como referência, negocie, negocie e negocie com os credores.
O objetivo é alterar o perfil da dívida, ampliando o seu prazo de pagamento e reduzindo os juros dentro do possível.
Um princípio básico é trocar dívidas mais caras de curto prazo, por dívidas com prazos de pagamento mais longos e taxas de juros menores. Com isto, pode-se iniciar o pagamento das dívidas de maneira consistente.
Passo 6: Cuidados para não repetir o erro
Em seguida, é fundamental que o controle continue e que não haja a incorporação de novas dívidas. Portanto, estanque as dívidas, evitando compras à prazo e preferindo compras à vista. Como sugestões, cancele o cartão de crédito e deixe de usar o cheque especial.
Por fim, aprenda com os erros. Entenda qual foi a verdadeira origem da dívida para não repeti-la. Busque ser uma família superavitária e próspera.
Entretanto, deixe algum recurso para o lazer (o qual deve ser pago à vista!). Mesmo em momentos difíceis, a família necessita relaxar e ter alguma descontração.
Em síntese, reconhecer a situação, conhecê-la em detalhes, negociar com os credores, rever o perfil da dívida, amortizá-la e aprender com os erros. Abraços e até a próxima!
Fonte: Dinheirama.