O impacto da pandemia de Covid-19 na economia — e, por tabela, nos resultados dos fundos de pensão em 2020 — foi agravado em 2021 com a tensão militar entre a Rússia e Ucrânia (que culminou na guerra iniciada em 2022), a volta vigorosa da inflação em nível mundial a partir de meados do segundo trimestre (fato que ocorre até os dias de hoje) e a elevação abrupta da taxa de juros (de 2% para 9,25%) em dezembro daquele ano, sendo que no momento atual a taxa de juros encontra-se em 13,75%. Com isso, os planos de benefícios administrados pelos fundos de pensão brasileiros encerraram o ano de 2021 com um déficit líquido da ordem de R$ 36,4 bilhões.
A carteira do Plano BD administrado pela Capital Prev fechou 2021 com uma rentabilidade de 5,30%, enquanto o Ibovespa encerrou em -11,92% e o CDI com 4,44%. Importante reforçar que a Fundação não perdeu dinheiro no ano, mas obteve rentabilidade inferior à necessária para cobrir integralmente a taxa de juros e a inflação componentes da meta atuarial. Além disso, a redução da taxa de juros que compõe a meta atuarial — de 5,65% para 5,01% — aumentou a necessidade de reserva do Plano BD.
A exigência legal de realização, no curto prazo, de equacionamento dos déficits apurados em 2021 pelos planos de benefícios administrados pelos fundos de pensão brasileiros — apesar do caráter majoritariamente conjuntural e atípico desses resultados negativos, como explicamos aqui e aqui — fez com que a Capital Prev colocasse em andamento os estudos técnicos necessários para a implantação do plano de equacionamento do déficit do Plano BD.
As análises foram realizadas pela consultoria atuarial Mirador e submetidas à avaliação da Diretoria e do Conselho Deliberativo da Fundação, assim como da Diretoria e Conselho de Administração da CESAN e, por fim, pelo Órgão responsável pela Supervisão da CESAN – SEDURB, recebendo aprovação. Após todas essas aprovações, o plano de equacionamento deverá ser executado pela Capital Prev.
Para consultar o que estabelece o Plano de Equacionamento de Déficit do Plano BD, relativo ao exercício de 2021 (alíquotas e prazos), clique aqui.