A evolução da Previdência Social do Brasil – ou “oficial”, como muitos preferem dizer – ganhou corpo em 1919 com a Lei de Acidentes Pessoais. Em 1923, a Lei Eloy Chavez introduziu as Caixas e é, por isso, considerada o marco da socialização da Previdência.
Em seguida surgiram as Caixas de Pecúlios e as Sociedades de Mútuo Socorro e aí a Previdência Social abrangeu todas as categorias profissionais, ganhando o contorno que tem hoje.
É o Governo fazendo a parcela dele, assistindo as pessoas em caso de doença, assim como as ajudando a contar com recursos financeiros quando se aposentarem – visando, portanto, a garantir os padrões mínimos de qualidade de vida. Bom, não?
Bom, mas pode melhorar…
Quando, porém, você pensa na manutenção do padrão de vida que deseja ter no futuro, certamente vai chegar à conclusão de que precisará de mais dinheiro do que o que disporá pela Previdência Social. E se pensar mais profundamente, se dará conta que muito provavelmente você vai viver mais que as gerações que te antecederam.
Como sei disso? Basta ver as estimativas de expectativa de vida do País que, atualmente, é de 75 anos. Só a título de comparação: no Brasil de apenas algumas décadas atrás, assim como na Europa do século 18, os mais ricos e longevos viviam somente até os 40.
A questão é: não deixe para pensar nisso quando estiver para se aposentar.
Sinal amarelo!
Na medida em que a população brasileira vai envelhecendo, a Previdência Social passa a ter queda na arrecadação, já que a proporção de pessoas trabalhando (e, portanto, contribuindo) é menor que a de pessoas usufruindo os direitos de aposentadoria.
Segundo os estudiosos no tema, tal processo se acentuará muito nos próximos 45 anos. Mas não precisamos ir tão longe. Acompanhe: em 2020, para cada aposentado, haverá sete pessoas trabalhando; em 2040, serão 3,8 e, em 2060, apenas 2,3 ativos para cada aposentado.
Não é preciso ser matemático para concluir que a conta não vai fechar. Por isso que, vira e mexe, se fala em Fator Previdenciário, em reformas paramétricas, em idade mínima, indexação dos benefícios… questões difíceis de explicar neste espaço, mas que visam exatamente a encontrar uma solução para a tal conta.
Faça a sua parte: seja previdente!
Com esse cenário que invariavelmente afetará a vida de todos, cada um tem que fazer a sua parte. E já!
Como? Pesquise os diferentes meios de investimentos no longo prazo que estão disponíveis no mercado, leia a respeito, converse com o gerente do banco em que você tem conta, discuta nos almoços de domingo, mas aja – e faça isso rápido, pois, como você sabe, o tempo passa rápido.
E se você já se movimenta neste sentido, utilizando uma ferramenta de acúmulo de recursos como um plano de previdência privada, por exemplo, parabéns! Mas não se esqueça de acompanhar os rendimentos com foco em períodos maiores, de questioná-los e revisitar continuamente o valor das contribuições – porque, para realizar o projeto de vida, é preciso agir hoje, mas com os olhos no amanhã.
Fonte: Dinheirama / A Escolha Certa